Um
dos vários assuntos que são essenciais em um sistema regular de
atividades físicas e, ao mesmo tempo bastante contraditório no âmbito
científico, é aquele que se refere aos alongamentos. Antes sempre
ouvíamos de nossos professores de educação física escolar que antes de
se iniciar qualquer atividade que demande um gasto energético, o
alongamento seria o ponta pé inicial. Com o passar dos tempos, alguns
artigos científicos atribuíam ao ato de alongar-se um ineficiência que
poderia ser descartada para os parâmetros do treinamento, já que não
apresentaria melhoras significativas, muito menos, ao que antes se
dizia, prevenia lesões. O fato é que realmente, o alongamento, nos ajuda
a melhorar nosso condicionamento, desde que se saiba utilizar esta
ferramenta.
Vamos
ressaltar o seguinte: A boa forma física é composta por variáveis
múltiplas, que tem como objetivo a contemplação corporal de uma maneia
global. Força, potência, agilidade, velocidade, resistência, equilíbrio,
coordenação e flexibilidade. Este último como podemos perceber, se
encaixa no contexto do alongamento, portanto, torna-se também um
componente do bom condicionamento físico. A flexibilidade pode ser
esclarecida como a amplitude absoluta de uma determinada articulação, ou
seja, quanto mais flexível se é, maior e mais segura será a realização
de movimentos articulares.
A
inexistência ou pouca flexibilidade traz perigos para o indivíduo. Com a
não prática desta vertente, o músculo tende a encurtar-se, ele diminui o
seu tamanho natural, uma vez que nosso organismo utiliza a lei do
desuso, se você não utilizar vai perder. Este encurtamento contribui
para as dores em articulações e músculos.
Além disso, a tensão provocada também ocasiona uma severa perda de
força e potência, já que devido à redução de seu tamanho, o mecanismo de
contração e relaxamento das fibras musculares fica comprometido. Já
existem casos comprovado cientificamente, poucos é verdade, de que esta
limitação também influencia na irrigação sanguínea muscular durante o
exercício, apenas lembrando que este fator é responsável por levar
oxigênio e nutrientes ao musculo que está sendo solicitado.
Ao
passarmos a utilizar a nossa flexibilidade conseguimos obter resultados
benéficos para o nosso sistema musculo esquelético. Aumentando a
distância que nosso músculos conseguem alcançar, conseguimos uma
diminuição na tensão geral intramuscular, isso explica a sensação de
relaxamento que se sente ao realizar esses exercícios. Um aumento na
força de maneira indireta também se é possível, já que estamos
aumentando a distância de contração muscular. Além dos benefícios já
mencionados, um programa de flexibilidade pode melhorar a sua postura,
desenvolvimento da consciência corporal, Melhora da coordenação, além de
estimular a circulação, aumentar a energia e promover o relaxamento.
A
ciência ela vem a público especificar que o alongamento deve ser usado
em um programa de melhora de flexibilidade, beneficiando assim uma das
vertentes que compõem o bom condicionamento físico. A grande confusão se
dá na utilização da ferramenta. O alongamento não deve ser usado como
aquecimento, mas sim, também, com uma parte da preparação para o
esforço. O alongamento é essencial sim, assim como todos os outros
pilares constituintes da capacidade física e desempenho humano. Podemos
concluir que o alongamento pode ser realizado, pois só trará benefícios a
seu estilo de vida.
José Isídio - Educador Físico - joseisidio1@gmail.com